Síndrome de Burnout

O que é a Síndrome de Burnout?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome se define como “resultante de um estresse crônico associado ao local de trabalho que não foi adequadamente administrado”.

Por outras palavras, a síndrome do esgotamento profissional, é um transtorno de ordem emocional, que resulta de uma carga excessiva e desgastante de trabalho. De modo geral, são acometidos os profissionais que atuam em ambientes de extrema pressão ou tensão, com grandes responsabilidades.

É importante dizer que a síndrome de burnout não pode ser considerada uma variação do estresse. Esse distúrbio psíquico e emocional é mais complexo, causando um impacto negativo não só na vida profissional, mas pessoal de quem sofre com o problema.

Ainda de acordo com o órgão de saúde, é muito importante considerarmos que a síndrome está diretamente ligada ao trabalho e, portanto, não deve ser aplicada a outros contextos da vida das pessoas.

Dentro do contexto de pandemia, a pauta sobre o assunto se tornou crucial, uma vez que o trabalho passou a ser feito dentro de casa, o que, para muitos funcionários, foi um verdadeiro pesadelo — especialmente para mulheres, que precisam lidar com a sobrecarga das tarefas domésticas e das empresas nas quais são colaboradoras.

Fases anteriores e o aparecimento da Síndrome

  • A primeira fase é quando o trabalhador necessita provar que ele entende muito bem do que faz e quer mostrar a todo custo o seu valor.
  • Em seguida, vem o momento em que o expediente e a vida profissional tornam-se uma coisa só e, de repente, a pessoa a todo momento está checando mensagens, respondendo e-mails ou atendendo telefonemas — tudo isso fora do expediente.
  • No terceiro estágio, o indivíduo nega as necessidades básicas do corpo, como dormir, comer, descansar, ter momentos de lazer, pois a prioridade são as tarefas. Depois, vem o momento em que a pessoa compreende que tem problemas, mas nega-os e evita tocar no assunto.
  • Depois, vem o momento em que a pessoa compreende que tem problemas, mas nega-os e evita tocar no assunto.
  • A quinta etapa é marcada pela autoestima sempre em questionamento, assim como a desvalorização da família, do lazer, das coisas que eram importantes no âmbito pessoal.
  • Em sexto vem o momento em que o indivíduo se torna agressivo, sem paciência e sempre acha que os outros são o problema.
  • O sétimo estágio já começa a ser marcado pelo isolamento e há boas chances da pessoa buscar consolo no álcool ou, até mesmo, em outras drogas.
  • Na oitava fase, a mudança de personalidade é totalmente visível.
  • Em nono, pode-se dizer que a pessoa começa a perder-se de si: deixa de ver o seu valor, não sente o afeto de quem a ama e, inclusive, ignora totalmente qualquer tipo de necessidade.

As três últimas fases já são mais críticas e marcadas pela sensação de vazio interno, em seguida, depressão e, por último, a chegada da síndrome de burnout.

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Sintomas

Mas além das fases da síndrome, é muito importante estar atento para os seguintes sintomas:

  • Fadiga
  • Estresse
  • Irritação
  • Insônia
  • Tristeza
  • Gastrite
  • Agressividade
  • Oscilações no humor
  • Dores crônicas de cabeça
  • Dificuldade de concentração
  • Diminuição parcial ou completa do apetite
  • Redução do contato interpessoal
  • Sentimento de impotência
  • Dificuldades de concentração e memorização
  • Baixa autoestima
  • Baixa imunidade
  • Hipertensão sem histórico prévio
  • Tensão muscular
  • Negatividade contínua
  • Falta de energia
  • Sentimento de fracasso e derrota

De início, esses sintomas parecem característicos de alguém com uma rotina de trabalho intensa, sem períodos de descanso. Com o tempo é possível perceber seu avanço, pela alteração do comportamento e do estado mental e físico da pessoa acometida pelo transtorno.

Definição de objetivos pessoais e profissionais

A síndrome de burnout é silenciosa e pode ser confundida com problemas mais leves e passageiros. Entretanto, quando estabelecida, interfere em toda a qualidade de vida, impedindo que a pessoa afetada dê continuidade aos seus projetos e objetivos.

Ter motivação para levantar todos os dias e cumprir uma rotina é essencial, pois estabelece objetivos e metas de médio e longo prazo. Essa é uma medida importante para quem tem uma predisposição ao estresse e crises de ansiedade.

Através de uma escuta ativa, iremos entender e discernir como trazer conteúdos à sua mente.

Te ajudarei a compreender os conteúdos inconscientes e conscientes e poder atuar sobre eles.

O esgotamento psicológico ligado ao burnout pode também ocasionar lesões físicas, decorrentes de acidentes de trabalho. Quando a pessoa está adoecida e continua a trabalhar, além de suas funções não serem cumpridas da melhor maneira ela também poderá estar mais dispersa, não conseguindo focar e se dedicar da melhor maneira em sua determinada função, essa que pode ter altos riscos envolvidos, como por exemplo o uso de produtos químicos, trabalho em altura e/ou que necessite de tomadas de decisões influentes a vida.

O tratamento para a síndrome de burnout vária a cada caso, dependendo sempre de sua especificidade e gravidade, normalmente é constituído de tratamento farmacológico, psicoterapia e também intervenções psicossociais. Na psicoterapia a escuta desempenha um papel ativo, quando o sujeito se dispõe a perceber o que está para além daquilo que está sendo dito, ou seja, as diversas falas, reparando nas emoções, nas dúvidas, na expressão corporal e tudo o que envolve o ato de comunicar (FALCÃO et al., 2017). Ao tratar em psicoterapia suas angústias, o sujeito é colocado na posição de desejante e de protagonista de sua história, fazendo assim, com que este se responsabilize e ressignifique seu sofrimento.

Apesar de associada ao desempenho profissional, de manifestar-se na maioria das vezes no ambiente de trabalho e em função dos conflitos que surgem nas relações interpessoais, bem como da dificuldade para resolvê-los, podemos dizer que esse esgotamento mental, emocional e que acarreta também sintomas físicos, tem sua origem em emoções que foram reprimidas em determinadas circunstâncias. Essas emoções e situações foram esquecidas muitas vezes, completamente, mas não desapareceram. Esse modo operante da mente humana, como se sabe, não é exclusividade de alguns, ou daqueles que sofrem de Burnout, pois, acontece com todas as pessoas de um modo ou de outro, em um nível inconsciente. São essas repressões mal sucedidas que vão provocar danos e que é claro, acabam por interferir também no desempenho profissional.

A terapia psicanalítica é a única que pode identificar e trazer para a luz esses males que estão esquecidos na escuridão de nossa mente que por isso mesmo, Freud chamou de inconsciente. Hoje, além da terapia individual foram desenvolvidas outras técnicas que podem ser aplicadas em grupo e que, dirigidas por psicanalistas experientes, tem alcançado excelentes resultados. A pessoa que sofre da síndrome de Burnout ou de tantos outros problemas de ordem emocional causando ansiedade, angústia e sofrimento, precisa apenas se dispor a experimentar o processo analítico, que não causa efeito colateral algum ou prejuízo de qualquer espécie.

Aqueles que tanto realizam em suas profissões, beneficiando tantos, levando conhecimento, instrução e sabedoria, pelo uso da palavra, também merecem e podem usufruir da cura pela palavra. Podem voltar a ter saúde, disposição, alegria no trabalho e na vida. A psicanálise está pronta para servir a todos em sua missão permanente de curar a alma do homem.

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